MV BILL lança seu 12º disco “VOANDO BAIXO”
Chega às plataformas digitais nesta sexta-feira (30), "Voando Baixo”, novo álbum do MV Bill. São doze músicas do “cria” da Cidade de Deus, a emblemática comunidade no Rio de Janeiro, que é conhecida mundialmente. O disco é uma crônica sobre o cotidiano caótico de um país desestabilizado, que soa como um despertar coletivo.
O projeto que conta com doze faixas, tem a produção musical, mixagem e masterização do DJ Caique, com exceção da faixa “Milicítico” que conta com a participação de Bob do Contra, foi produzida por Tibery. Além deles o álbum conta com as participações de Kmila CDD e Stefanie na faixa “Nossa Lei”, Nocivo Shomon e Kmila CDD na faixa “Voz de Cria”, ADL em “Nóiz Mermo”, Marrom em “No Calor da Emoção”, Filiph Neo em “Sintonia Real” e DJ Luciano Rocha em “Resante”. Ouça;
FAIXA A FAIXA “VOANDO BAIXO”, POR MV BILL
1. Esgrima
“Esporte que simboliza a luta, o espírito do disco. A faixa é um apanhado de entrevistas importantes que concedi, com samples de Marília Gabriela, Faustão e Pedro Bial. Refresco a memória de quem não se lembra ou não sabe da minha trajetória midiática. Termina com o rapper Ligado, que saiu de Fortaleza para o Rio de Janeiro em 1990, para divulgar o trabalho dele no meu programa de rádio”.
2. Bocejo
“Descrevo uma pessoa num barco rodeado por lama ao invés do mar azul, para conclamar o grande despertar coletivo. É a única salvação possível para uma nação que só afunda”.
3. Nóiz Mermo (participação ADL)
“A letra expressa a indignação coletiva com a gestão pública e as consequências na política social do Brasil. Quem está ao lado do povo, fazendo por ele, é o próprio povo. Uma gíria familiar que define essa auto-representação nomeia a faixa”.
4. Nossa Lei (part. Kmila CDD e Stefanie)
“Nessa eu divido os vocais com dois talentos femininos do rap – minha irmã Kmila CDD que já participou de vários trabalhos meus e tem uma voz muito marcante, e a outra é a rapper Stefanie de Santo André (SP) que tem um flow único e forte. As nossas três vozes juntas mostram o poder e o tamanho da nossa força, da Nossa Lei.”
5. Milicítico (part. Bob do Contra)
“Indignação coletiva perante a atual governabilidade brasileira, que traz à tona injustiças sociais, violências, apatias e desigualdades. Uma das músicas com discurso mais forte, força instrumental, suavidade no refrão e agressividade na letra”.
6. Essência
“Trago quatro mulheres da Cidade de Deus, que exaltam a sagacidade de suas origens e potência vocal. Três delas me carregaram no colo e uma estudou comigo.”
7. Sintonia Real (part. Filiph Neo)
“Explora a sintonia física, carnal e picante, importante para uma relação entre casais, sem se prender a clichês.
8. Última Forma
“Fala justamente quando o casal só tem sintonia sexual e não tem a objetividade de construir um futuro. Cristina, minha vizinha na Cidade de Deus, mostra a indignação feminina em uma atuação”.
9. No Calor da Emoção (part. Marrom)
“Quando a pessoa recebe a notícia de que ela não faz mais parte dos planos do seu parceiro e cai na dor de cotovelo. Chamei o Marrom, ex vocalista da banda RZO, para uma pegada rap com elementos de jazz e blues”.
10. Rasante (part. DJ Luciano Rocha)
“Uma alusão ao título do disco. É como se eu tivesse passando de carro com microfone e alto-falantes atrás vendo as mazelas do Brasil na paisagem das favelas. No refrão, fui nos primórdios do hip hop. O DJ Luciano faz scratches com colagens de outras músicas minhas ao mesmo tempo dialogando com o que canto."
11. Voz de Cria (part. Kmila CDD e Nocivo Shomon)
Como pessoas de dentro, temos nossos protocolos para não cair na vacilação. Nosso vacilômetro está sempre alerta para não dar mole, porque a gente é cria. Conto com os vocais poderosos da Kmila e a lírica do Nocivo Shomon”.
12. Muito obrigado – RIP
“Última faixa do disco e a última que escrevi dentro do próprio estúdio.
Deixei a batida rolando, enquanto me lembrei das pessoas que se foram e
acabaram esquecidas. Queria agradecer a todos que me ajudaram e não estão mais
aqui. Listo alguns nomes que vieram na minha cabeça do Brasil e dos Estados
Unidos, nossa referência no rap”.